Tudo vai bem, obrigado.
Tudo na mais perfeita ordem.
Meus sapatos não apertam,
Minhas meias, não esquentam.
Que me importa agora,
Se o sol está brilhando
Como um sorriso de mulher
E hoje só é sexta-feira?
Que me importa agora
Se o telefone tocar
Como um besouro irritante,
Se amanhã é sábado?
Vai tudo bem, obrigado.
E hoje, cá estou eu.
Elegante, gente bem,
Prestimosa, atenciosa,
Cheia de classe e charme.
E aguardo impaciente,
O “trimm” do besouro,
O sol na janela,
E a noite chegar.
E o “trimm” do besouro não vem,
E o sol some da janela,
E é só meio-dia
No primeiro dia de outono.
E impaciente um cigarro,
E outro, e outro.
Ansiosa e impaciente
Espero a noite chegar.
E a noite desce, devagar,
E eu divago e quero ser
Eu.
Tudo vai bem, obrigado.
Tiro os sapatos que matam
De dor.
Tiro as meias que sufocam
De calor.
E tiro a elegância e o charme
E vou ao encontro de mim.
E uma tarde inteira
No aguardo de você.
E uma tarde corrida,
Inútil,
Em busca de você.
E a noite nos encontra
Abraçados, sufocados.
Eu, mais você.
No silêncio da noite,
Sem sapatos, sem meias,
Elegância e charme,
Os cabelos em desalinho,
Eu me encontro.
Uma tarde inútil na busca
De mim.
Uma tarde inteira na espera
De você.
E a noite vai nos encontrar
Juntos.
“Mais um adeus,
Uma separação...”
E você vai.
Em busca da noite.
E eu vou.
Em busca da manhã.
E nos teus sonhos,
Eu sou a estrela
Que te sorri,
Que te dá de beber,
Que é a única entre mil.
E na minha manhã
Você é o sol
Que me desperta;
É a luz que me ilumina;
É o canto da vida;
É a poesia de ser.
E eu vou ao teu encontro
Vestida de manhã.
E você vem me buscar
E me envolve
No manto da noite.
E vamos nos encontrar
Na aurora de um novo dia...
21/03/75
Tudo na mais perfeita ordem.
Meus sapatos não apertam,
Minhas meias, não esquentam.
Que me importa agora,
Se o sol está brilhando
Como um sorriso de mulher
E hoje só é sexta-feira?
Que me importa agora
Se o telefone tocar
Como um besouro irritante,
Se amanhã é sábado?
Vai tudo bem, obrigado.
E hoje, cá estou eu.
Elegante, gente bem,
Prestimosa, atenciosa,
Cheia de classe e charme.
E aguardo impaciente,
O “trimm” do besouro,
O sol na janela,
E a noite chegar.
E o “trimm” do besouro não vem,
E o sol some da janela,
E é só meio-dia
No primeiro dia de outono.
E impaciente um cigarro,
E outro, e outro.
Ansiosa e impaciente
Espero a noite chegar.
E a noite desce, devagar,
E eu divago e quero ser
Eu.
Tudo vai bem, obrigado.
Tiro os sapatos que matam
De dor.
Tiro as meias que sufocam
De calor.
E tiro a elegância e o charme
E vou ao encontro de mim.
E uma tarde inteira
No aguardo de você.
E uma tarde corrida,
Inútil,
Em busca de você.
E a noite nos encontra
Abraçados, sufocados.
Eu, mais você.
No silêncio da noite,
Sem sapatos, sem meias,
Elegância e charme,
Os cabelos em desalinho,
Eu me encontro.
Uma tarde inútil na busca
De mim.
Uma tarde inteira na espera
De você.
E a noite vai nos encontrar
Juntos.
“Mais um adeus,
Uma separação...”
E você vai.
Em busca da noite.
E eu vou.
Em busca da manhã.
E nos teus sonhos,
Eu sou a estrela
Que te sorri,
Que te dá de beber,
Que é a única entre mil.
E na minha manhã
Você é o sol
Que me desperta;
É a luz que me ilumina;
É o canto da vida;
É a poesia de ser.
E eu vou ao teu encontro
Vestida de manhã.
E você vem me buscar
E me envolve
No manto da noite.
E vamos nos encontrar
Na aurora de um novo dia...
21/03/75
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