Alma Minha

Escritos e "guardados" que refletem um tempo, uma época, uma alma.

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21 março 2018

Quem é vivo sempre aparece

Gentem!!!! Qui qui são issos!!!! Sumi.... Mas estou de volta. E espero "brincar" um pouco mais por aqui.... Vou começar atualizando minha pacata vidinha, desde a época da última postagem. E prometo: vou fazer aos poucos, em doses homeopáticas, para que todos possam curtir de montão. Até mais tarde!!!!

25 maio 2016

Acho que gostei mesmo de escrever. Engraçado como a tela do blog lembra - e muito - o ambiente Word. Porém me sinto mais à vontade por aqui, uma sensação gostosa de escrever algo com muito mais emoção. Prometo que irei procurar nos meus "guardados" meus antigos textos (espero que até o final da semana eu consiga postar pelo menos um deles). E prometo também (estou longe de ser candidata a qualquer coisa...) que estes textos, por mais esdrúxulos que possam parecer, serão postados na íntegra, sem releituras (talvez um comentário ou outro, uma citação, uma localização tempo-espacial).

Engraçado II: retomando esse contato com o blog (fiquei tanto tempo parada.... e esse textinho aqui estava nos 'rascunhos'), percebi que quando comecei, achei meus textos antigos e 'guardados' tolinhos. Hoje não consigo mais ver esses textos, poemas, sei-lá-como-chamar esses escritos, como tolinhos. Podem até ser tolinhos, mas são passionais, dramáticos, trágicos. Exibem uma alma com vontade de ser grandiloquente. Exibem uma garra de viver intensamente. Hoje acho que tenho maturidade (ops, tal será???) para entender isso.

Enfim. Gosto.

19 maio 2016

Entre tantos contratempos
Resta o tempo de tecer
Tapetes.

Entre tímpanos, cornetas

Tocam altas e bom tom,
Trombetas.

Entre tábuas e tapumes

Passam timidamente
Sonetos.

Entre tantas solitárias

As réstias entre frestas
Sonatas.

Entre tantos contratempos

Resta um tempo de dizer
Palavras.

Entre tudo, as palavras
Nas mais loucas sucessões
Descobrem.

Tantos a dizer palavras
Sem sentido, sem final,
Inúteis.

Contratempos que se fazem
Com palavras, por dizer,
Somente.

Resta sempre a alternativa
De palavras musicais
Florindo.

O olhar com mil palavras,
O dizer não querendo,
Amando.

Tempo de olhar o sol, o céu
De ver o mar, palavras
Fluindo;

De encarar o tempo, hoje,
Erguido com palavras,
Vazio

Tecer com fios de palavras
Uma colcha de crochê.
Retalhos.

Tapetes de palavras,
Finas, excelentes,
Cobertas.

Entre tantas palavras,
Aquelas há, que ferem
Profundas.

Tímpanos soando alto,
Fortes palavras secas,
Valentes;

Cornetas bem ritmadas,
Lançam longe, palavras
Cansadas.

Tocam palavras sonoras,
Agridoces, bonitas,
Sentidas;

Altas e longe disparam.
Palavras, sons e queixas
Retornam,

E em volta de palavras
Sussurros escondem-se
Calados.

Bom começo de conversa
É sempre uma palavra
Sincera.

Tom de voz é importante
Dando cor às palavras
Primeiras.

Trombetas finalizando
Concerto de palavras
Sonoras.

Entre tantas outras coisas
De valor, as palavras
Superam.

Tábuas soltas ou pregadas
Em vigas de palavras
Sustentam.

E não teimam em despencar
Ao vendaval de palavras,
Tormentas.

Tapumes, que protegendo
Palavras, de olhares
Sedentos.

Passam palavras por bocas
Que as transformam, engolem
Verdades.

Timidamente, palavras
São ditas, encontradas
Vagando.

Sonetos com rimas ricas
Palavra por palavra:
Carinho.

Entre infinitas palavras
Descobrem os caminhos
Humanos.

Tantas vezes um gesto
Não compara palavras
Faladas.

Solitárias nas janelas
Aguardando palavras
Cantadas.

As palavras permanecem
Na memória do tempo:
Lembrança.

Réstias de luz num escuro
Momento de palavras:
Saudade.

Entre tanta coisa dita
Resta palavra que conta
Passado,

Frestas falsas, construídas
Por onde muitas palavras
Escapam.

Sonatas em formas de flor
Comentam as palavras
Cantando.

Entre tudo o que foi dito
Palavras que deixaram
Escrito

Tantos conceitos, dizeres,
Palavras importantes,
Completas.

Contratempos contrapondo
Palavras, pensamentos
Contrários.

Resta dizer, fazer, contar,
Palavras acrobatas,
Múltiplas.

Um pouco de tudo, nada.
Palavras que tornam
Imensas.

Tempo de subir bem alto
Palavras funcionando
Escadas.

De tanto falar de tudo
Palavras escapando,
Faltando.

Dizer de coisas, de flores,
Palavras ofertando
Presentes.

Palavras que murmuradas
Mais que presentes: tudo
Palavras de amor.

31.03.77
0:12h

Ei, ei, ei!!!!!

Estou com saudades. Há anos não posto nada no blog. Acho que vou voltar. Me aguardem!

15 julho 2010

CONFORME PROMETIDO

Ok, ok. Sei que prometi blogar diariamente, falando de meus tricôs. Mas vida de frila é uma verdadeira caixinha de surpresas. Há dias em que nada rola. E em outros (graças aos céus, muitos outros) o tempo parece curto demais para tanto que é preciso fazer. Agora, finalmente, entendo o que é ser frila. Frila é aquele profissional que está disponível no mercado e que os editores acham que não está fazendo nada. Quando os editores se deparam com matérias que são verdadeiras "encrencas" ou com matérias que são espinhosas ou ainda com matérias que são um uó; ainda quando os editores descobrem que suas equipes já estão locupletadas; mais: quando editores descobrem que estão na ripa do prazo. Aí eles chamam o frila. Passam a "encrenca" ou o uó, pagam uma merreca, e dão um prazo que é ridículo. E o frila se desdobra, se tresdobra, se esfalfa, faz da "encrenca" um materião, faz do uó uma lindezura. É claro, não lhe sobra tempo nem para bater um lanchinho rápido em vez do almoço, e a hora de dormir se transforma em madrugada. Vida de frila é assim. E diga "não" ao editor. Ele não chama mais!
Então, voltando aos meus tricôs. Mesmo tendo aprendido há cerca de um ano o manejo das agulhas, me recuso a fazer cachecóis com pontinhos simples, aquela coisinha rame-rame. Procuro, pesquiso, testo e descubro que um cachecol pode ser diferenciado, charmoso, delicado ou extravagante. Com pontos simples. Com lãs ou linhas simples. O que vale é o efeito, o resultado.
Só para registrar: dia desses, uma grande amiga minha, a Ana, tricoteira de mão cheia, tricoteira de décadas, viu um trabalho meu a meio. E ficou deslumbrada com o efeito, com o ponto - simplérrimo -, e me pediu a receita. Fiquei me achando! É bom demais!
Por hoje é só. Prometo que amanhã postarei algo mais significativo, mais taludinho.

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06 julho 2010

EU E MEU TRICÔ

Estava com saudade de blogar. O tempo anda curto. O trabalho, muito! Mas sempre há tempo de pensar, ver, analisar. E até mesmo para fazer tricô. Pois é.... Quem diria. Depois dos "enta" aprendi a manejar as agulhas. Tive, agradeço e quero deixar registrado, a inestimável ajuda de minha amiga Valéria. Depois de fazer uma microaula de tricô, na lojinha da Liberdade, em que a professora, paciente, sim, mas pouco didática, ensinou-sem-ensinar, Valéria soube conduzir minhas mãos para que fios e agulhas "conversassem", caminhassem no mesmo ritmo. E agora, cada minutinho de pausa, vira minutinho de tricotar. Claro, só cachecol. Aquela coisa retinha, vai e volta. Sem ter muito que elaborar. Mas, ainda assim, descobri que mesmo sendo um cachecol, um vai-e-vem constante, é possível elaborar. Fuçei receitas na internet depois de alguns cachecóis de prática (muitos erros, muitas contas, inseguranças mil...). A cada novo cachecol, uma receita nova, uma experiência. E sempre terminando um para elaborar o próximo. Já perdi as contas de quantos fiz. E de quantos ainda pretendo fazer. Sabem o que vou fazer? Vou blogar, um por dia, meus cachecóis. De repente, até a receita, quem sabe? Fui!

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17 julho 2008

NOS TEMPOS DA CAROCHINHA

“Veja ilustre passageiro...”. Ok, nem nascida eu era quando este anúncio circulava junto com os bondes. Bonde? O que é isso? Sorry, época errada. Deixa eu ajustar minha máquina do tempo. Tic, tic. “Já é hora de dormir...”. Eba, essa eu reconheço (ops, RG baixo...). Mais um ajuste nos ponteiros. “90 milhões em ação...” e a esquadra canarinho adentra o gramado (e a borracha “come solta” nas ruas). Mais um pouco; tic, tic, a máquina do tempo está lenta demais para o meu gosto, excesso de arquivos pesados... No filme 2001, Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, de 1968 (acho difícil reproduzir as notas musicais...) o computador era uma sala, imenso, gigantesco, indecifrável (olha minha máquina do tempo correndo, agora...) e foi diminuindo, diminuindo, vieram Mac’s, PC’s, notebook, laptop, iphone (cadê o botão de desliga da minha máquina do tempo?). Chego à conclusão de que a tecnologia voava. Hoje pegou carona num rabo de foguete. Da vitrola ao CD, do Super-8 ao VHS ao DVD ao MP3, 4 etc. o tempo foi curto (ou rápido demais). E nós mal temos tempo de nos adaptar aos novos comandos de uma nova geringonça que tem um novo upgrade e pronto, já estamos defasados. De novo. Tudo novo. As coisas sequer têm tempo de ficarem velhas. Dia desses vi uma máquina de escrever – elétrica, pasmem! – numa loja de antiguidades. Será que a tecnologia está levando de roldão, na sua velocidade supersônica, o nosso tempo? O tempo de sonhar, de se emocionar, de se enternecer com coisas simples? De buscar (ou de instalar) na nossa casa o afeto, o ninho, o aconchego? De tornar nossa casa nossa máquina do tempo? De fazer do nosso lar referência, emoção, história, o nosso jeito?

16 junho 2008

Overdose de burrice mata?

Desabafo escrito em 11 de junho de 2008, final de tarde

Há dias em que, definitivamente, a gente deve ficar na cama. Em silêncio. No escuro. Sem enxaqueca! Hoje foi um desses dias. E agora, ao final da tarde (espero que seja mesmo o final!) me questiono: overdose de burrice mata? Porque se for esse o caso, socorro! Chamem o resgate! Estou à beira da morte! Senhores! Burrice deveria ser banida do universo. Ou, no máximo, ministrada em doses homeopáticas, uma vez ao dia, uma vez por semana. Mas um balde, num único dia... É overdose!

OK, OK. Resolvi contar tudo isso para vocês para tentar mitigar minha dor, tentar, como no processo da retirada de veneno de cobra, eliminar essa dose excessiva de burrice da minha corrente energética.

Tudo começou ao folhear a Revista da Aclimação. Abre parênteses: bairro lindo, valorizado, com um parque maravilhoso, o lugar que escolhi para viver com qualidade. Fecha parênteses. A revista – papel de boa qualidade, impressão bem cuidada – é semelhante à maioria das revistas de bairro. Muitos anúncios (bom para quem mora no lugar saber da padaria, do cabeleireiro, do mecânico, do borracheiro, dos restaurantes) e reportagens vinculadas aos anúncios. Eu disse reportagens? Mil perdões! Quis dizer textos... Ops... também não é bem isso... Hummm... Frases desconexas, soltas, sem amarração, repletas de adjetivos. Acho que agora sim. É isso? Não. Consegue ser pior: um festival de erros de português. Hummm... Resumindo: um caso de homicídio. Do idioma! Acionem os CSI.

Os ponteiros do relógio não se importam. Caminham. A caixa de entrada vai sendo recheada, como todos os dias, por releases. Importantes alguns, irrelevantes muitos. Entre eles – invariavelmente – candidatos ao “release do ano”. A pasta (ainda bem!) está com poucos concorrentes.

Porém hoje... Ganhou vários acréscimos. Como o que trouxe um material como inédito, novidade, lançamento, apresentado em Casa Cor. De 2006. E com o serviço: data, horários, preço, endereço! De 2006! Meus sais!

Como o que recebi de uma colega de trabalho – sim, de uma moça, que trabalha na editora e não, não é jornalista – perguntando: Olga, lembra aquela clientinha que eu pedi que vc desse uma força?? Bj. Sim, o e-mail termina aqui... E????? Help!!! Hello!!!!!

Depois de vários outros percalços pelos e-mails da vida, pausa para um café. Na passagem, a Revista de Domingo do JB, edição de 25 de maio de 2008. OK. É velha? É velha. A situação me lembrou sala de espera de consultório. Impossível ficar sem folhear alguma coisa.... Folheei. Primeiro susto: “o homem do baú”. Não, não é o empresário-animador de TV que sacode suas colegas de trabalho. É – apenas – o vice-presidente da griffe Louis Vuitton, um dos mega símbolos do luxo. Ui! Podia ter parado por aí. Mas não. Insisti. Continuei folheando. Pra quê? Para me deparar com o título “caxumba look”. A imagem: modelo linda e um laço vermelho amarrado no rosto (como se fazia lá nos antigamentes, quando alguém estava com caxumba!). Parei? Não. Perdi essa oportunidade. Na página seguinte, na seção da mesma colunista, “o anjo azul”, ensaio fotográfico com Gisela Amaral. Parabéns a essa senhora pelo trabalho que ela desenvolve. Acredito que o trabalho solidário deva ser feito discreta ou anonimamente. Aliás, trabalho solidário não é mote para transformar uma senhora bonita em sua juventude e hoje redefinida graças aos avanços médico-tecnológicos, em modelo fotográfico. Para tentar entender quem seria esse “anjo azul” (pelo que me lembre dos tempos da faculdade é o título de um filme com Marlene Dietrich, datado de 1930 – ops, será uma referência à idade da citada senhora solidária?) li o texto. Senhor! Se arrependimento matasse!

Quero fechar meu computador! Não quero receber mais nada hoje! Chega! Ops, tocou o sininho; há uma nova mensagem. A esperança é a última que morre. Voltei. Deveria ter fechado meu computador. Sobraria alguma coisa para amanhã. O assunto do e-mail fatídico: “Sugestão de Pauta: Material de Construção cresce 8,5% de janeiro a maio”. E se eu tiver que trocar um azulejo? Como é que essa peça, um material de construção que cresceu 8,5%, vai caber no lugar do meu azulejo antigo? E os tijolos? No corpo do e-mail, o material cresceu. Cheguei ao final questionando: era um release de fermento?

Chega! Chega! Percebo, enfim, que overdose de burrice não mata. MESMO! Sobrevivi ao dia de hoje. E descubro, afinal, que há muitas pessoas – que se dizem profissionais, têm até MTB, pasmem! – cultivando em suas máquinas hectares das mais variadas espécies de burrice. Se overdose de burrice matasse, os resgates teriam excesso de trabalho.

Bom dia a todos!




Depois de longo e tenebroso inverno.....

Pois é.... Deixei tudo beeeeeeeeem estacionado. Postei algumas imagens (e tenho várias outras tantas para postar....) e em termos de texto.... Ficou tudico paradico.

Mas estou voltando!!!!!

E só para deixar tudo bem atualizado, seguem duas imagens, lindas, uma das minhas férias em Lisboa, maravilhosas, e outra mais recente, de minha viagem a Milão. É claro, super bem acompanhada com Siomara, minha editora, meu braço direito, minha advogada do diabo.

Ah, pode ser mais uma???? De agorinha, com minha equipe deliciosa em almoço no Terraço Itália. Pode, né???? Então, aqui está.

Beijo e até já-já!!!!