Desceu a noite.
Com seu véu de mistério,
Com sua sombra de sono,
Com seu ar de repouso.
E a noite desceu,
Trazendo o mistério,
O sono,
O repouso.
E veio embalar em seu regaço,
A calma,
A paz,
O amor.
Vieram os homens.
Sem véus a lhes cobrir o rosto,
Sem sombra de sono,
Sem repouso no olhar.
E os homens vieram,
Levando o mistério,
O sono,
O repouso.
E vieram embalar em suas mãos,
A agitação,
A guerra,
O ódio.
Chegaram as mulheres.
E o sol espalhando luz pela terra,
Veio descobri-las.
E a aurora,
Vestida de dourado,
Veio saudá-las.
E as flores se abriram
Para sorver-lhes o perfume.
E os pássaros entoavam
Deliciosas melodias
Ao vê-las passar.
E homem e mulher
Se encontraram.
Dois frutos distintos
Da mesma Natureza.
E homem e mulher,
Juntos,
Saudaram o sol,
A luz,
A aurora,
As flores,
O perfume,
Os pássaros,
As melodias,
E o homem,
E a mulher.
E a mulher,
Tomando das mãos
Do homem,
A agitação,
Embalou-a
E fê-la adormecer.
E novamente,
Tomando das mãos dele
A guerra,
Deu-lhe palmadas,
E fê-la
Quieta,
Encostar-se a um canto.
E pela última vez,
Tomando-lhe o ódio,
Encarou-o,
E deu-lhe flores
Para que pudesse,
Sorrindo,
Amá-las.
E o homem,
De mãos vazias ficou.
E encarou a mulher.
No horizonte
Infinito,
O sol se punha,
Avermelhando
O céu,
A terra,
O mar,
O rio,
O lago.
E seus últimos raios,
Cor de sangue,
Vieram despedir-se
Da mulher,
E do homem.
E as flores se fecharam.
E os pássaros se calaram.
Mas o homem,
E a mulher,
Ainda se encaram.
E novamente desceu a noite.
Generosa.
E ao homem e à mulher,
Encheu-lhes as almas
De mistério.
Cobriu-lhes os olhos de sono,
E impregnou-lhes o corpo de repouso.
E a noite depositou
Nos braços da mulher,
A calma,
A paz,
O amor.
E o homem se aproximou
De mãos vazias.
E a mulher estendeu-lhe
As mãos cheias.
.........................
E o dia amanheceu
Com cor de pecado
13/02/75
Com seu véu de mistério,
Com sua sombra de sono,
Com seu ar de repouso.
E a noite desceu,
Trazendo o mistério,
O sono,
O repouso.
E veio embalar em seu regaço,
A calma,
A paz,
O amor.
Vieram os homens.
Sem véus a lhes cobrir o rosto,
Sem sombra de sono,
Sem repouso no olhar.
E os homens vieram,
Levando o mistério,
O sono,
O repouso.
E vieram embalar em suas mãos,
A agitação,
A guerra,
O ódio.
Chegaram as mulheres.
E o sol espalhando luz pela terra,
Veio descobri-las.
E a aurora,
Vestida de dourado,
Veio saudá-las.
E as flores se abriram
Para sorver-lhes o perfume.
E os pássaros entoavam
Deliciosas melodias
Ao vê-las passar.
E homem e mulher
Se encontraram.
Dois frutos distintos
Da mesma Natureza.
E homem e mulher,
Juntos,
Saudaram o sol,
A luz,
A aurora,
As flores,
O perfume,
Os pássaros,
As melodias,
E o homem,
E a mulher.
E a mulher,
Tomando das mãos
Do homem,
A agitação,
Embalou-a
E fê-la adormecer.
E novamente,
Tomando das mãos dele
A guerra,
Deu-lhe palmadas,
E fê-la
Quieta,
Encostar-se a um canto.
E pela última vez,
Tomando-lhe o ódio,
Encarou-o,
E deu-lhe flores
Para que pudesse,
Sorrindo,
Amá-las.
E o homem,
De mãos vazias ficou.
E encarou a mulher.
No horizonte
Infinito,
O sol se punha,
Avermelhando
O céu,
A terra,
O mar,
O rio,
O lago.
E seus últimos raios,
Cor de sangue,
Vieram despedir-se
Da mulher,
E do homem.
E as flores se fecharam.
E os pássaros se calaram.
Mas o homem,
E a mulher,
Ainda se encaram.
E novamente desceu a noite.
Generosa.
E ao homem e à mulher,
Encheu-lhes as almas
De mistério.
Cobriu-lhes os olhos de sono,
E impregnou-lhes o corpo de repouso.
E a noite depositou
Nos braços da mulher,
A calma,
A paz,
O amor.
E o homem se aproximou
De mãos vazias.
E a mulher estendeu-lhe
As mãos cheias.
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E o dia amanheceu
Com cor de pecado
13/02/75
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